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OSTRADAMUS

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A nossa experiência gastronómica começou no sul de Floripa, em Ribeirão da Ilha, uma pequena aldeia piscatória de influência marcadamente açoriana. Pequenas casas térreas, geminadas, de arquitectura colonial, contornando uma enseada, onde, desde a sua fundação, em meados do séc. XVIII, os habitantes se dedicam à pesca.

Hoje, Ribeirão da Ilha é sinónimo de ostras e se Ribeirão é sinónimo de ostras, o Restaurante Ostradamos é o seu cartão postal. Situado junto à Praça Hermínio Silva, mesmo sobre o mar, o restaurante fundado por Jaime José de Barcelos, oferece uma variedade infindável de opções culinárias para a confecção do afrodisíaco molusco, num ambiente cuidado e acolhedor. Do “molhe”, pequeno pontão artificial sobre a enseada, desfrutamos de um extraordinário final de tarde de verão, refrescado com brancos portugueses, que casaram na perfeição com as ostras ao natural e gratinadas com queijo catupiry.

O Chefe Jaime, que, em 1997 decidiu transformar a sua oficina de automóveis numa “lanchonete” de praia, antecipando o crescimento de turismo na ilha e o início da produção massiva de ostras na freguesia, relembra como tudo começou. “Na época, todo mundo falava de ostras e eu, cansado de cuidar de automóveis, decidi começar a vender caldo de cana, água de coco e cachorro quente. No ano seguinte, já estava vendendo ostras e desde aí não mais parei. O restaurante foi crescendo e eu ficando cada vez mais curioso em relação à gastronomia local e internacional.

Fiz viagens gastronómicas para Portugal e Canadá que foram importantes para a minha formação como chef e que foram essenciais para a introdução do Restaurante Ostradamus no movimento internacional.